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15 outubro 2011

Flecha

Que seja pelo não, mesmo querendo que seja sim, as palavras se jogam no ar sem fim, sem explicação. Me perco, não sei se digo ou não. Pareço correndo em uma via na contra mão. Vou chegar ao início, é aquela antiga corrida sem fim. 
Tem sempre algo me esperando lá, algo que não queria encontrar. Em momento algum pedi para que me espere, vou ter que correr tudo de novo para chegar aqui. Não é por mal, não foi planejado, mais parece que já estava armado.
Acho que sem quer roubamos a cena, com muito espanto e muito alvoroço, mas parece que o público não entendeu, quer que eu explique de novo?

- É como atirar uma flecha, quem atirou não pode voltar atrás no que fez. Só espero que seja incisivo, que não tenha dúvida, não hesite. Porque a única coisa que aquela flecha vai lhe deixar é a lembrança.

Um silêncio sepulcral toma o espaço em meio a todos, seguido de alguns murmúrios. Algumas pessoas saem cabisbaixas, outras ficam paradas esperando - ainda - o desfecho, mas a maioria simplesmente sai. 

E é então que um jovem garoto antes de sair diz: 

- Não se tratava da Flecha, não é?
- E sim do alvo...

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